terça-feira, 4 de agosto de 2009

Contatos

Confraria de Teatro Nau dos Loucos
Rua dos Pardais 175, Santa Rita – Nova Iguaçu/RJ.
CEP: 26045150
TEL.: 26580774/26584290/26955562/88154993

Email: confrarianaudosloucos@gmail.com

O Grupo


A Confraria de Teatro Nau dos Loucos completa 10 anos dedicados ao estudo do fenômeno teatral, à pesquisa de linguagem e ao prazer de contar histórias singulares.

A cada espetáculo investimos numa linguagem que faz pensar sobre o teatro e a contemporaneidade. Trabalhos centrados nos conceitos de ação, pulsação e teatralidade pura, buscando a expressão precisa e emocionada que une palavra, corpo e imagem, a fim de atingir a contundência necessária para desestabilizar o pensamento e os sentimentos das pessoas.

Nós artistas (náufragos loucos) da confraria acreditamos que o teatro possa com sua tessitura particular tocar no âmago das pessoas.

Sabemos que ainda é muito cedo. Que para nós as coisas acabam de começar. O único conforto neste momento é a criação. Nesses dez anos as descobertas foram sendo feitas gradativamente, de modo tímido mais instigante. Quatro espetáculos fazem parte deste percurso de investigação cênica. Segue abaixo a relação dos mesmos em ordem cronológica:

Ø Dorotéia – Nelson Rodrigues
Direção: Marcos Covask
Junho/Julho – 1999

Ø Os Cegos – Michel de Guelderode
Direção: Marcos Covask
Agosto/Setembro – 2001
Participação no “I Festival de Teatro Pedro II”
Prêmios: Melhor Espetáculo/Direção/Ator/Figurino/Cenário


Ø Uma Metamorfose “Fragmentos Kafkianos” – Franz Kafka
Direção: Marcos Covask
Outubro-2003 a Setembro de 2005
Participação no “X Festival de Teatro do Rio” da Universidade Veiga de Almeida
Prêmios: Melhor Espetáculo-Júri Popular/Direção/Iluminação
Participação no “I Festival de Teatro da Baixada”
Prêmios: Melhor Espetáculo/Diretor/Ator/Cenário


Ø A Dama da Noite – Caio Fernando Abreu
Direção: Marcos Covask
Junho - 2009Espetáculo inédito (em processo artístico)

Ficha Técnica

Elenco

José de Brito

Ficha técnica

Encenação e Direção: Marcos Covask

Assistente de direção: Théo de Carvalho

Cenário: Marcos Covask e Anderson Dias

Iluminação: Marcos Covask

Figurino: José de Brito

Maquiagem: Arthur e Carol

Cabelo: Cássio Luiz

Produção Executiva: Cláudio Nogueira

Preparação Musical: Valbiana Coutinho

Contra regras: Alexandre Spadotti e Renan Torres
Fotos: Marcos Monteiro e Anderson Dias

O Conto


O conto – embora fale de um momento muito dolorido do final do séc. XX, que foi o surgimento da AIDS, motivo que impulsionou toda a literatura do autor – continua atual, causando em todos nós reflexões sobre a vida e os conflitos por nós vividos neste início de milênio. Levando-se em conta, que da década de 80 pra cá houve uma ruptura ainda maior, nas relações pessoais; o contato físico já não serve de premissa básica para elos de comunicação, e nem mesmo para o próprio sexo. Vivemos numa época em que os laços afetivos são firmados em links virtuais. O progresso a qualquer custo faz com que o ser humano se anule diante de suas individualidades. Tudo é muito passageiro e escorregadio. Mas enfim, isto é rodar na Roda.

Apresentação


A Confraria de Teatro Nau dos Loucos, após a montagem de “Uma metamorfose-Fragmento Kafkianos”, dirigida por Marcos Covask, e baseada na obra de Franz Kafka, debruçasse mais uma vez sobre um texto literário para uma investigação teatral.

Desta vez a confraria propõe a montagem de um monólogo centrado numa linguagem naturalista, buscando elaborar uma pesquisa voltada para o ator e o texto. Sendo assim escolhemos o conto “Dama da Noite” de Caio Fernando Abreu.

Este projeto procura gerar uma leitura cênica do conto, no qual a personagem que se intitula Dama da Noite, em alusão á planta homônima de intensa, e por vezes, incomoda fragrância, tem como interlocutor um sujeito ao qual ela se refere como Boy. Ela revela com sua voz solitária, um desejo enorme pelo “Outro”, fazendo dele um motivo vital para sua existência. Um “Outro” que a complete de tal maneira, dando assim um significado a sua própria vida. Essa é uma busca incessante e nos parece inalcançável, pois ela procura “alguém que caiba nos seus sonhos”.

A personagem roda neste contexto, mas ao mesmo tempo tenta questioná-lo. Mesmo de uma maneira ora agressiva-carente, ora sarcástica-suplicante, ela grita com toda a sua força, nos fazendo pensar se ainda queremos sonhar um mundo diferente do que nos é apresentado. Será que ainda somos capazes de mudar o caminho de nossa própria história? Podemos ainda inventar um final feliz para nosso conto cotidiano? Ou ficaremos a mercê do fluxo desta roda, que roda sem fim?

Essas indagações nos servirão de mote dramático que contribuirão para a construção da cena.

Trilha


Havia um menino
Um estranho e encantador menino
Eles diziam que ele vinha de muito longemuito longe
Além da terra e mar
Um pouco tímido e os olhos tristes
Mas muito sábio ele era
E então, um dia
Um mágico dia ele cruzou o meu caminho
Enquanto nós falávamos tolos e reis
Uma coisa ele me disse ele me disse:
“A coisa mais importante que se podeaprender é apenas amar e em troca ser amado”.
(Nature Boy de Éden Ahbez)